Na última sexta-feira, 22, foi realizada a reunião de posse do Conselho Consultivo do Parque Estadual do Rio do Peixe para o biênio 2024-2026. O engenheiro ambiental Murillo Nogueira Viana foi empossado como representante do município de Dracena. Também participaram da reunião a Diretora de Meio Ambiente, Maria Clara Silva, e o engenheiro agrônomo Leonardo Bortolan Santos. O evento aconteceu no auditório do Parque Estadual Aguapeí.
O Conselho é um órgão colegiado, de caráter consultivo, que subsidiará as ações de implantação e gestão da Unidade de Conservação e seu entorno. Ele é composto por membros representantes do setor público e da sociedade civil.
Em sua composição, o poder público é representado pela Fundação Florestal, Polícia Ambiental, Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA)/Coordenadoria de Assistência Técnica Integral(CATI), Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP) e Prefeituras de Dracena/Piquerobi e Ouro Verde/Presidente Venceslau, que integram o Parque.
Por sua vez, a sociedade civil é representada pela Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar (APOENA); Associação de Recuperação Florestal do Pontal do Paranapanema (Pontal Flora); Usina Viterra Bioenergia – Unidade Rio Vermelho; Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista (INCOESP); Concessionária de Rodovias Eixo SP; e Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe (CBH – AP).
PARQUE ESTADUAL DO RIO DO PEIXE
A área delimitada como Parque Estadual do Rio do Peixe abrange municípios que possuem o rio como limite territorial: Ouro Verde, Dracena, Presidente Venceslau e Piquerobi. Criado em 2002, com 7.720 hectares, é fruto de compensação ambiental devido aos impactos decorrentes da formação do lago da Usina Engenheiro Sérgio Motta. Junto ao Parque Estadual Aguapeí, cumpre a função de preservar os últimos trechos de ecossistemas de várzeas, que existiam em grande parte dos rios paulistas que desembocavam no rio Paraná.
Com características semelhantes ao Pantanal, esse trecho do Rio do Peixe é conhecido como ‘Pantaninho Paulista’. É ainda um dos últimos locais em São Paulo onde reside o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), mamífero ruminante encontrado em pântanos de alta vegetação. São os maiores veados da América do Sul, chegando a medir 2 metros de comprimento. A avifauna do Parque é muito rica, com várias espécies ameaçadas de extinção. O destaque vai para a Anhuma, cientificamente muito pouco estudada.
Dracena possui 2.123,27 hectares do parque em seu território, sendo o segundo maior município em área dentro do parque, atrás de Ouro Verde, com 2.425,48 hectares.