A Assistência Social de Dracena junto ao CREAS retomou o atendimento presencial, com atividades envolvendo as crianças. O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) fica no Jardim Jussara.
O psicólogo Rubens Furini Perez desenvolve um trabalho no CREAS oferecendo oficinas recreativas infantis. Ele explicou sobre o trabalho: “Pensamos em uma ação que desenvolva a autonomia, as potencialidades e o fortalecimento das famílias que chegam até nós por conta de situações de vulnerabilidade social e violação de direitos”.
Em consideração à demanda crescente de atendimento de jovens vítimas de violência (seja ela física, psicológica, sexual ou negligência), Rubens informou que propôs um trabalho em grupo com os objetivos de promover a aprendizagem e experimentações compartilhadas, contribuir com o rompimento de padrões intrafamiliares violadores, fortalecer aspectos da autoproteção e gerir um processo de cuidado e atenção.
O público alvo são crianças entre 7 e 10 anos, dentre elas, as famílias já inseridas no Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos - PAEFI, bem como de crianças que passaram por atendimento em Escuta Especializada.
Para tanto, a metodologia adotada foi a de encontros mensais, pelo período de 3 meses, nos quais são realizadas oficinas lúdico-manuais junto a leituras guiadas abordando temas que tragam conhecimentos a serem multiplicados pelas crianças.
Durante o projeto piloto, foram realizadas as oficinas de camisetas Tie Dye e Cupcakes, nas quais as crianças puderam aprender todos os passos para a confecção desses produtos.
A secretária de Assistência Social do município, Bianca Kozan Lemos participou da tarde de atividades com as crianças. Ela disse que foi um momento muito prazeroso junto aos pequenos e que pôde confirmar a importância desse trabalho desenvolvido no município. “As crianças são o nosso futuro, e precisamos zelar por elas com muito carinho e atenção”, pontuou Bianca.
“Os temas trabalhados nas leituras guiadas foram o ECA Turma da Mônica, publicação em quadrinhos que traz em linguagem acessível informações a respeito dos direitos e deveres das crianças, a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, e o livro Pipo e Fifi, da pedagoga Caroline Arcari, que ensina sobre proteção contra a violência sexual, também com uma linguagem adequada para a faixa etária”, informou o psicólogo Rubens.
O encerramento do primeiro grupo ocorrerá neste mês de agosto, como escolha das próprias crianças, quanto à oficina de Slime e a leitura de Dodô e Dodoína, de Viviane Fontolan, que aborda sobre castigos físicos e violência intrafamiliar.
Os grupos acontecem às sextas-feiras, no período da tarde, é oferecido um lanche ao final das oficinas, ocasião em que as crianças fazem também uma avaliação de cada encontro.
“Cabe destacar que foram respeitados todos os protocolos de segurança propostos pelas normativas vigentes sobre prevenção ao contágio do COVID-19 - uso obrigatório de máscaras, distanciamento social, delimitação de participantes de acordo com a capacidade do espaço disponível, acesso a álcool em gel e disponibilização de materiais individuais para cada criança”, comentou o psicólogo Rubens. As atividades no CREAS ainda contam com Francisca Delfino de Souza Machado, assistente social de referência na unidade e Maraísa Fernandes, que é a coordenadora do Centro.